Um conto apenas

Eram jovens e descompromissados de quaisquer compromissos. Tinham como preocupação apenas não se preocuparem com nada e com ninguém. Viviam suas vidas como achavam que deveriam viver, horas com intensidade, outras nem tão intensas assim.
Se conheceram por um acaso, uma vontade surreal fez com que ambos escolhessem o mesmo local para tomar uma ou duas doses de alguma coisa que os tirassem da rotina.
Entre um gole e outro, uma troca de olhares... O suficiente para o desejo ser despertado.
Entre uma conversa e outra, surge a vontade, que atrelada ao desejo, faz com que os lábios se aproximassem e ficassem perto o suficiente para que um sentisse a ofegante e profunda respiração do outro.
O beijo acontece por uma, duas, três, diversas vezes, tornando aquela noite cada vez mais singular na vida de ambos. Viveram aquele momento como se único fosse, o que, fatalmente, foi.
Da oportunidade que a vida proporcionou, souberam aproveitar tão bem que apenas aquele encontro foi o suficiente para um se eternizar na vida do outro.
Hoje, cada um ainda vive sua vida como acham que devem viver, horas com intensidade, outras nem tão intensas assim, esperando, quem sabe, uma nova oportunidade dada pelo destino para que mais um momento se torne único na vida de cada um!

Sociedade imediatista

Vivemos em uma sociedade imediatista para muitos assuntos importantes. A solução de graves problemas são tratados com medicamentos paliativos, se solucionar agora o depois pouco importa. A filosofia de viver o hoje como se não houvesse amanha parece ser levada pejorativamente ao "pé da letra", não pensam que o problema que hoje é grande, amanha pode ser muito maior. 

É chegado o tempo de se dar um basta nos pensamentos rasos, infundamentados e insuficientes, a vida por completo só melhorará e começará a surtir efeitos positivos se passarmos a criar soluções permanentes, ou que ao menos sejam maiores que os problemas.

 Soluções paliativas apenas amenizam e prolongam os problemas.